Mulheres migrantes

Mulheres Migrantes é uma coletânea de textos poéticos e relatos pessoais que narram as vivências de mulheres que deixaram seus locais de origem em busca de um recomeço. Organizado por María Eugenia Hernández Yépez, Letícia Lopes e Débora Bacchi, o livro reúne vozes plurais de migrantes, refugiadas e acolhedoras, tecendo um mosaico de histórias marcadas por coragem, saudade, resistência e esperança. A obra surge de encontros presenciais e virtuais promovidos por projetos como a Casa de Acolhida São José (Pacaraima-RR) e o Convívio Paz e Bem (Curitiba-PR), onde mulheres venezuelanas, colombianas e brasileiras compartilharam suas jornadas por meio da escrita e da biodança — uma prática que integra movimento, afeto e expressão como forma de cura e acolhimento. Dividido entre poemas e narrativas autobiográficas, o livro explora temas como o deslocamento, a reconstrução identitária, a maternidade em terras estrangeiras e a solidariedade feminina. As autoras falam de fronteiras atravessadas, línguas aprendidas à força, laços desfeitos e refeitos, e a constante busca por pertencimento. Com traduções que preservam os textos originais em espanhol, Mulheres Migrantes é mais que um livro: é um ato político de visibilidade. Um convite à escuta sensível e à ação, celebrando a potência de quem, mesmo em solo alheio, insiste em florescer.