O livro Mulher na Terra sem mal, com poemas de Michele Junana e ilustrações de Xapi Puri, está disponível para leitura on-line.
O formato flipbook também pode ser lido diretamente na plataforma.
O livro está disponível gratuitamente, em copyleft, pois como explica a autora, "ao invés de todos os direitos reservados, aqui todos os direitos são compartilhados. Isso significa que esses poemas estão soltos no mundo como a poesia gosta de estar. Sem cadeados. Desde que se mantenha a licença, ou seja, não venha querer se apropriar. Desfrute. Compartilhe. E, se gostar e tiver condições, em breve vai poder encomendar o seu exemplar, e quem sabe mais um pra dar de presente pra quem não pode comprar."
A versão impressa chega no solstício de 2022 e já pode ser solicitada pelo e-mail donizelaedicoes@gmail.com.
Sobre a autora:
Michele Junana é o codinome de Michele Torinelli, nascida em 1985 na cidade de Blumenau (SC). Andarilha de longas e profundas viagens, participou durante o período universitário em Curitiba de fóruns sociais e estudantis, encontros, estágio vivência com o MST e viajou um ano pela América do Sul, de julho de 2006 a julho de 2007. Os textos e fotos da viagem foram reunidos em um livro, Viajeros – nos fluxos da América do Sul, o que lhe possibilitou o diploma de jornalista pela UFPR. Integrou, de 2008 a 2010, a Expedición Donde Miras, promovendo coletivamente saraus e oficinas culturais pelo Estado de São Paulo, visando conhecer, alimentar e movimentar a cultura latino-americana. Atuou como educomunicadora e participou ativamente do coletivo Soylocoporti. É mestra em Sociologia pela UFPR na linha de Cultura, Comunicação e Sociabilidade e pesquisou ativismo político em rede. A pesquisa resultou na dissertação A máscara e a multidão: enquadramentos dos Anonymous nas manifestações de junho de 2013 no Brasil e no capítulo sobre as manifestações em Curitiba do livro Junho: potência das ruas e das redes. Caminhou 3 anos com o projeto Vida Boa, com o objetivo de vivenciar e documentar o cotidiano, as sabedorias e a luta de iniciativas de Bem Viver. Atualmente Michele cohabita o Território Junana, no pequeno município de Maquiné (RS), reduto de Mata Atlântica guiado pelo Bem Viver onde se pratica agroecologia e espiritualidade. Junana, de juçara com banana, é também uma cabocla. O Território compõe a Teia dos Povos em Luta no Rio Grande do Sul. Segue aprendendo, vivendo e contando histórias. Comunica para se relacionar com todos os seres, vestir a vida de significados já sussurrados, favorecendo conexões entre organismos, redes, entre gente-bicho-planta-elementos-encantades. Bruxa aprendiz. Tece coletivamente caminhos comuns e possibilidades de vida boa. Cultiva a terra e o espírito, sementes e canções, palavras e silêncios.
Sobre a ilustradora:
Xapi Puri, também conhecida como Kath, é indígena Puri do grupo Teyxokawa, nascida em Muriaé-MG e cria da periferia de Serra-ES. Desenha desde que se entende por gente e é designer, ilustradora e diagramadora. Graduou-se em Design pela UFES (2019). Em sua arte busca representar indígenas, principalmente puris e um pouco da flora e fauna nativa de Abya Yala. Em 2022 expôs seu trabalho como artista na I Bienal de Arte Indígena do Rio de Janeiro e na exposição Projeta JPA. Contato: kathtmatos@gmail.com
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