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CHAMADA PARA PUBLICAÇÃO NA ANTOLOGIA “TUÍRE: a urgência da ecopoesia e do ecofeminismo pela vida ampla”

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SOBRE A OBRA COLETIVA

Ao homenagear a Tuíre, in memoriam, mulher Kayapó de lendária história guerreira contra as violências cometidas ao seu povo, e a própria trajetória do Coletivo Marianas, que em 2020 publicou uma primeira obra nessa senda, intitulada Tuíra, esta antologia visa a enaltecer todas as lutas em prol de todos os seres vivos, e estes em si, por vida digna, livre e equânime, inspirando-se nos preceitos da ecologia integral, da ética do cuidado, da respeitosa convivência com nossas espécies companheiras em relações de contato e não mais sob as arrogantes hierarquizações artificialmente produzidas pelo sapiens, aniquiladoras de todas as formas de vida que não se enquadrem em seus padrões dominantes. Deste modo, a ecocrítica literária, puxada por autorias faróis da ecopoesia e do ecofeminismo, como Donna Haraway, Vandana Shiva e Ursula Kroeber Le Guin, ilumina a concepção desse projeto, que se quer inclusivo de pessoas autoras de diversas origens geográficas brasileiras, culturais, de classes, de quaisquer identidades de gênero e orientações sexuais para além de homem/masculino e de mulher/feminino (LGBTQIAPN+), raças e etnias, de dezoito anos ou mais.


Busca-se dar especial enfoque temático aos salvíficos conhecimentos tradicionais de nossos povos indígenas, quilombolas, caiçaras, ribeirinhos e outros, com suas ervas de cura, seus alimentos terapêuticos, unguentos ancestrais, trazendo as memórias da Terra, as manutenções dos biomas vivos, as cargas afetivas e mágicas das oralidades primevas da poesia e as possibilidades de diálogos interespécies na complexa experiência da vida. Assim, a obra organiza elementos oferecidos por interlocutores poéticos eivados de diferentes linguagens sobre o cuidado de tudo o que nos é essencial (animais, terras, águas, plantas, sementes, minerais), denunciando as devastações que as gananciosas e violentas mãos e mentes humanas infligem sobre o planeta enquanto ser vivo, e a todas as comunidades de seres que o habitam. Na obra também recebe relevo a específica atuação de mulheres na linha do movimento ecofeminista, entendendo que não se pode alcançar as justiças social e ambiental sem o combate à opressão de gênero, uma vez posta a histórica interconexão entre a dominação e a exploração das mulheres e da natureza. Por isso, para o ecofeminismo urge a revolucionária transformação hierárquica com a natureza e os outros seres vivos, propondo uma “economia da vida”, feminina e comunitária, baseada no compartilhar e na sustentabilidade, em oposição ao modelo explorador e de acumulação.

 

SOBRE OS TIPOS DE OBRAS INDIVIDUAIS ACEITAS

Serão aceitos textos inéditos escritos em língua portuguesa, pretuguês (na acepção de Lélia Gonzalez) e nas línguas indígenas (neste caso, com correspondência em português), em poesia (poemas em formas fixas e livres), que se alinhem ao recorte temático da antologia, e que não configurem violações aos direitos humanos e dos animais, sendo: um poema longo, ou dois poemas curtos, totalizando até duas laudas em tamanho A4 por participante, em formato Word, fonte Arial, tamanho 12, espaçamento simples. Artistas visuais poderão enviar uma ilustração, abordando a temática geral do livro de modo impactante, em alta resolução, adequada para impressão (o livro terá miolo em preto e branco e capa colorida).

 

No mesmo arquivo, ao seu final, enviar também a minibiografia da pessoa autora, de até cinco linhas, igualmente em fonte Arial, tamanho 12, espaço simples.

 

PRAZOS DE ENVIO E DE PUBLICAÇÃO

As obras de cada participante deverão ser enviadas exclusivamente ao e-mail antologia.tuire@gmail.com, de 1 de janeiro a 10 de março de 2026. Cada texto ou ilustração enviado receberá confirmação de recebimento, pelo mesmo e-mail.

A previsão de publicação da antologia é julho de 2026, sujeita a ajustes que eventualmente sejam necessários ao longo das etapas do seu processo editorial.

 

SOBRE A PUBLICAÇÃO E OS DIREITOS AUTORAIS

Esta obra coletiva será editada, publicada em versão impressa e distribuída pela Editora Donizela, de Curitiba/PR. Coautoras e coautores, pela cessão de seus direitos autorais, receberão o desconto de 30% sobre o preço de capa na aquisição de um ou mais exemplares do livro, em venda presencial ou online.

 

DA ORGANIZAÇÃO E DAS PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS

O livro será organizado por Gisela Maria Bester, ecopoeta, haicaísta, contista e cronista, integrante dos coletivos literários Marianas, Escreviventes, RuídoRosa, TPM – Tensão Pós-Marcelino, Mulherio das Letras Paraná e Nacional, do Grupo de Haicai O Zen do Haicai, da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil Seccional Paraná (AJEBPR), da Academia de Letras do Brasil Coordenadoria Paraná (ALBPR), e da Academia Virtual Internacional de Poesia, Artes e Filosofia (AVIPAF). Autora dos livros de poesia Pinte-me de Azul! (Mondru, 2023) e Sorrir, esse sacrifício (Toma Aí Um Poema – Selo Praga, 2024). Iniciou nas letras jurídicas, onde, como advogada, pesquisadora, professora e autora, vem exercendo, por mais de 30 anos, ativismos em prol dos direitos fundamentais de animais humanos e não humanos, com posturas sempre feministas, ambientalistas e animalistas. Nessa caminhada, conquistou o Prêmio Nacional Instituto Ethos/Jornal Econômico de Sustentabilidade, em sua oitava edição (2008 - Categoria Professores). Como pesquisadora em questões de gênero, fez a sua dissertação de Mestrado em feminismos, ações afirmativas e sufragismo, na Universidade Federal de Santa Catarina (1994-1996), nunca mais tendo abandonado essas categorias de análises críticas. Integrou a Comissão de Gênero do Ministério da Justiça quando lá atuou por duas gestões como Conselheira Titular do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Coorganizou a coletânea Feminismos, Artes e Direitos das Humanas (projeto executado de 2016 a 2018, reunindo mais de 100 coautoras, pela Editora Tirant Lo Blanch). Participa de mais de 30 coletâneas e antologias literárias, entre outras, pelas Editoras Bestiário, Mondru, Primata, Arpillera, Donizela, Oito e Meio, Pangeia, TAUP, Telucazu, Selo Off Flip, Bem Cultural, Coellum, Tirant Lo Blanch, Máquina de Escrever, Abarca).


Planeja-se ter algumas convidadas na qualidade de participantes especiais, com paratextos (Prefácio, Posfácio, Texto de Orelha e de Contracapa), cujos contatos já se iniciaram, por exemplo, com: Sony Ferseck, Márcia Wayna Kambeba, Auritha Tabajara, Juçara Noccioli.


Gisela Maria Bester
Gisela Maria Bester


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Alegria, comprometimento, ética do cuidado por todas as formas de vida, honra e responsabilidade intergeracional e interespécies movem-na na condução da organização da antologia poética “Tuíre”, com as parcerias fundamentais da Editora Donizela e do nosso valente Coletivo Marianas. Como ecopoeta e ecofeminista, agradeço subidamente à autora e editora Andréia Carvalho Gavita, dínamo dessas ações literárias coletivas. Vamos lá! Leiam o edital na íntegra (www.donizela.com) e participem enviando poemas e/ou ilustrações. 🪲🌿🦉❤️

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